quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Primeiro Ato.

e então ele se arrastou lentamente, saindo da mornidão da penumbra que encobria o palco nu, e como se houvesse apenas o silêncio, toda a plateia pareceu imobilizar-se com a cara enviesada mas os olhos brilhantes... ele continuou a se arrastar até que de repente não mais e de repente mais que jamais um turbilhão arrastou a poeira que enfraquecia no esgar da noite - uma gota escarlate de sangue àquela hora era tão púrpura que um olho esgazeado espiou com medo e um brilho emergiu dos lábios macios do sangue que agora era pálido - e assim as cortinas se fecharam...

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