quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Eu olho no relógio que me diz as horas e marca que por enquanto estou vivo. Isso não é uma graça!? Saber que está vivo.

É que de repente nos esquecemos que cada minuto pode ser fatal. Viver é uma fatalidade que eu não esperava. A maioria das pessoas está cega: ligaram o "automático" e agora vivem como pequenos seres autômatos em busca do prazer. Seria trágico sempre lembrar da morte a cada segundo que se escorre nos ponteiros do relógio. Mas há uma verdade cruel em tudo isso.

Por que sempre passamos a dar valor a cada coisa quando estamos prestes a perdê-las!? Acho que temos esquecido, sobretudo, de amar. Nossa vida está se resumindo na busca ao prazer. E só. Ponto final.

E agora?

Uma criança chora em algum lugar. Um homem qualquer está sentado no banco de uma praça, enquanto a solidão vai lapidando suavemente as cores do silêncio. A maioria sente-se esmagada pela infelicidade - lembram-se de repente de como é trágico existir.

Onde está a vida afinal?
Não sei.
Mas sei que ela existe. Eu sei que ela é uma chama mansa que queima dentro de nós; um pequeno lume hesitando numa vela, prestes a apagar. Esperando. Esperando...
A vida é uma longa espera.

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