quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Tendo pois tal esperança, usamos de

Muita ousadia no falar. – II Cor. 3:12.

No princípio era o verbo. Era a palavra de Deus – e Deus era todo o mundo e, também a palavra. A carne faminta. E da carne, o ser. O humano. Porém, antes do verbo, o átomo. E depois, mais e mais átomos unindo-se até surgir então uma molécula. E dessa molécula, toda a pré-história de uma história. E dessa história se seguiria uma grande música estonteante e de uma bravura que há tudo isso até hoje os homens temem. Castelos edificados – grandes muralhas construídas através dos séculos. Mas os homens ficaram, em sua maioria, do lado de fora, apenas contemplando aquilo que eles edificaram.

Mas afinal, o que eu quero dizer a tudo isso?

Que os homens são tolos diante de sua própria grandeza. Assombram-se facilmente por aquilo que fazem e por isso mesmo tornam-se arrogantes. Mas ainda, mesmo que seja para alguns, há aquele fiapo maltrapilhado a que eu chamo de esperança. Creio que a esperança seja o verbo de Deus. E talvez seja a pré-história do amor. Esperança é aquilo que nasceu na grande explosão e que impulsionou a calha do tempo. Sim: a esperança.

Creio nessa esperança úmida e verde que nasce no coração humano e que se desprende, muitas vezes, na derrota. Mas ainda assim: esperança é um estigma cravado na pele.

Imaginariamente vou cosendo em pontos cegos pequenos fragmentos de memórias e inspiração nascidas não-se-sabe-de-onde. Do ar, talvez. Ou não. Mas afinal, por trás de meus sonhos e desejos sempre há a esperança.

Basta acreditar nela. Esperança é um sopro de vida.

Esperança é minha maneira de aceitar a vida.

Um comentário:

  1. "...Basta acreditar nela. Esperança é um sopro de vida."

    é por isso q creio quem a tem é mais vivo...

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